quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Caio F.

Pedi uma definição ou me quer e vem, ou não me quer e não vem. Mas que me diga logo pra que eu possa desocupar o coração. Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida. E não darei. Não é mais possível. Não vou me alimentar de ilusões. Prefiro reconhecer com o máximo de tranqüilidade possível que estou só do que ficar a mercê de visitas adiadas, encontros transferidos. No plano real: que história é essa? No que depende de mim, estou disposto e aberto. Perguntei a ele como se sentia. Que me dissesse. Que eu tomaria o silêncio como um não e ficaria também em silêncio. Acho que fiz bem.

sábado, 17 de novembro de 2012

E era pra sermos apenas bons amigos que se encantavam com sorrisos e fingiam lágrimas para trazer abraços apertados...

sábado, 4 de agosto de 2012

Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo.
Saudade não é o que a gente sente quando a pessoa vai embora. Seria muito simples acenar um 'tchau' e contentar-se com as memórias, com o passado. Saudade não é ausência. É a presença, é tentar viver no presente.Saudades são todas as coisas que estão lá para nos dizer que não, a pessoa não foi embora. Muito pelo contrário: ela ficou, e de lá não sai. A ausência ocupa espaço, ocupa tempo, ocupa a cabeça, até demais. E faz com que a gente invente coisas, nos leva para tão próximo da total loucura quanto é permitido, para alguém em cujo prontuário se lê "sadio". Ela faz a gente realmente acreditar que enlouquecemos. Ela nos deixa de cama, mesmo quando estamos fazendo todas as coisas do mundo. Todas e ao mesmo tempo. É o transtorno intermitente e perene de implorar por 'um pouco mais'. Saudade não é olhar pro lado e dizer "se foi". É olhar pro lado e perguntar "cadê?" 

Garota estúpida.


Sim,estúpida. Mesmo depois de tudo, depois de cada lágrima derramada,cada noite em claro, ainda insiste em ter esperanças. Agora me diga por que? Esperanças para quê? Para que ele volte e faça o mesmo estrago  mais uma vez,e mais outra,e outra e assim por diante? Não venha dizer que se ele voltar será diferente,porque nem você acredita nisso, é fato garota,se ele fez uma vez com certeza fará outra. O buraco dilacerado em seu peito já não está sendo o suficiente,tem mesmo que abrir outro? Chega de olhar para trás, toque sua vida,siga em frente e se preocupe apenas em fechar esse buraco que tanto te aflige. Esqueça tudo que já passou,ficar remoendo agora, não vai adiantar nada, não vai trazer os momentos bons de volta, assim como não vai fazer com que as dores e decepções passem mais rápido...

 E eu corri para os teus braços. De repente não me importava se você virasse a cara quando eu olhasse em teus olhos ou se você ficasse bravo com minha presença, não me importava nem se você fosse repetir aquela maldita palavra que pôs ponto final na nossa história; Só sabia que a solidão mirava em mim e só em seus braços eu encontraria fortaleza. Foi estranho, assumir fraqueza e mais tarde me disseram que teria sido apenas um pouco de adrenalina diante da pressão, mas eu sei que foi medo. Ainda tenho medo. Tenho medo de acordar no meio da noite e perceber, finalmente, que você não vai voltar; Medo de simplesmente te encontrar na rua de mãos dadas com aquela garota que serve cafezinhos durante o trabalho. Então eu corri, e te abracei. Abracei porque tinha esperança que com meus braços eu poderia abraçar meu mundo, ou quiçá minha felicidade, e nunca mais deixar partir; Porque talvez, só talvez, eu pudesse te carregar de volta para o nosso passado de flores. Mas com um sorriso simpático e – lamento dizer – amigo, você me saudou e continuou seu caminho. Te abracei, meu amor; mas não, não te recuperei. E como se estivesse esperando o momento certo a solidão puxou o gatilho… então veio a dor. 
Te desejo uma fé enorme. Em qualquer coisa, não importa o quê. Desejo esperanças novinhas em folha, todos os dias. Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria. Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz. As coisas vão dar certo. Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa. Te quero ver feliz, te quero ver sem melancolia nenhuma. Certo, muitas ilusões dançaram. Mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas. Caio Fernando Abreu